Pesquisadores da Universidad Europea del Atlántico (Universidade Europeia do Atlântico, UNEATLANTICO), Francesca Giampieri e José L. Quiles, membros do grupo de pesquisa «Alimentação, Bioquímica Nutricional e Saúde», abordam aspectos pouco estudados da dieta mediterrânea a fim de desenvolver uma versão melhorada e ampliada dessa dieta.
A dieta mediterrânea tem sido objeto de atenção científica, social e comercial nas últimas décadas, devido aos seus efeitos positivos comprovados para a saúde e ao seu inquestionável sabor. Pesquisadores de todo o mundo estudaram os padrões alimentares e chegaram a conclusões consistentes sobre seus benefícios. Mas o que realmente define essa dieta e quais são seus principais aspectos mais subestimados? Com o objetivo de entender essa forma de alimentação em profundidade e sua possível adoção global, esta pesquisa analisa as características tradicionais a fim de desenvolver uma versão melhorada e ampliada dessa dieta saudável.
Embora existam várias pontuações dietéticas que resumem o conteúdo nutricional de uma dieta do tipo mediterrânea, há vários aspectos cruciais que muitas vezes passam despercebidos. O consumo de alimentos integrais é um deles. Embora a dieta mediterrânica inclua uma variedade de cereais integrais, este fator não recebe a devida atenção. Além disso, outros alimentos como leguminosas, nozes, sementes, ervas e temperos da dieta em questão também passam despercebidos, apesar de sua contribuição nutricional.
É essencial notar que na região do Mediterrâneo, os ovos e os produtos lácteos são consumidos regularmente, mesmo quando se pretende atualmente a eliminação de gorduras alimentares. Por outro lado, essa dieta inclui o consumo de vinho tinto, mas há uma tendência de generalizar o consumo de álcool sem especificar a ocasião e a intensidade. Pesquisar com precisão os padrões de consumo de álcool é fundamental para entender como esse fator contribui para os benefícios à saúde associados à dieta mediterrânea.
Outro aspecto subestimado é o método de cocção. A simplicidade e a variedade inerentes aos métodos de cozimento típicos da dieta mediterrânea permitem que o sabor dos alimentos seja realçado e que os nutrientes sejam mais bem preservados.
Considerando esses aspectos, busca-se uma análise mais profunda dos alimentos que eram originalmente consumidos. Esses alimentos costumavam ser locais, minimamente processados e preservados com métodos mais naturais, como a fermentação, todos intimamente relacionados ao território e com um impacto limitado e controlado sobre o meio ambiente.
O grande desafio é usar esse conhecimento para criar uma versão «planeterránea» da dieta, com base nos aspectos nutricionais reconhecidos, mas também naqueles que foram subestimados, para promover dietas saudáveis e sustentáveis em todo o mundo. Ao compreender e adotar estes aspectos subvalorizados, os benefícios da dieta mediterrânica poderão ser ainda mais potenciados e contribuir para o bem-estar individual e coletivo dos aos seres humanos.
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