Francesca Giampieri, pesquisadora do Laboratório de Alimentos, Bioquímica, Nutrição e Saúde da Universidad Europea del Atlántico (Universidade Europeia do Atlântico, UNEATLANTICO), está colaborando em um estudo que avalia a atividade antibiofilme do mel de abelhas sem ferrão contra patógenos resistentes.
O mel das abelhas sem ferrão é bem conhecido como um medicamento alternativo para curar feridas, resfriados e várias outras doenças infecciosas da garganta. No entanto, pouco se sabe sobre seus efeitos antimicrobianos e aplicações farmacêuticas. A produção desse mel é baixa e, por isso, ele é frequentemente usado para fins medicinais e não alimentícios.
As propriedades antibacterianas desse mel se devem ao seu baixo pH, alta osmolaridade, baixo teor de água e certos compostos antioxidantes, como os flavonoides. Essas propriedades são divididas em peróxido e não peróxido. Grande parte da ação antibacteriana desse mel é atribuída à atividade do peróxido de hidrogênio, que produz radicais livres altamente reativos que interagem com os agentes patogênicos e os danificam.
Estudos recentes mostraram que o mel de abelhas sem ferrão tem um efeito antimicrobiano mais forte do que o mel de abelhas domésticas. Inclusive em cepas de bactérias multirresistentes (MDR), em várias espécies de fungos de interesse clínico e importância agrícola. Porém, pouco se sabe sobre seu impacto nos biofilmes, que geralmente estão ligados a infecções mais virulentas e resistentes às terapias tradicionais, principalmente em pacientes com feridas crônicas, próteses, queimaduras ou diabetes.
Portanto, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a atividade antibiofilme de amostras de mel de abelhas sem ferrão equatorianas contra patógenos multirresistentes usando ensaios de biomassa, fluorescência e microscopia eletrônica de varredura.
Resultados da pesquisa
O estudo demonstrou a eficácia do mel de abelha sem ferrão na inibição da formação de biofilme causada por patógenos gram-positivos, gram-negativos e leveduras, mostrando uma inibição de biofilme de até 80% na biomassa. Também foram observadas diferenças significativas no perfil polifenólico das amostras de mel, em termos de perfis qualitativos.
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A Universidade Europeia do Atlântico (UNEATLANTICO) oferece um curso de licenciatura em Nutrição Humana e Dietética.