O Congresso Internacional de Ação Climática (CIACC 2024), organizado pela Universidade Europeia do Atlântico (UNEATLANTICO) e pela Fundação Universitária Ibero-Americana (FUNIBER), em colaboração com a Fundação Empresa y Clima (FEC), termina com sucesso.
O programa teve lugar nos dias 3, 4 e 5 de julho na UNEATLANTICO. O objetivo destas jornadas foi abordar 6 sessões com diferentes temas de interesse social no âmbito do clima. Para além disso, estiveram presentes diferentes especialistas internacionais que fizeram várias apresentações.
Primeira sessão
“O Mecanismo de Ajuste Fronteiriço de Carbono (CBAM)” foi o tema central da primeira sessão moderada pela Sra. Núria del Pozo, da Fundação Empresa & Clima (FEC). Trata-se de um instrumento para a importação de bens provenientes de fora da União Europeia (UE), que permite fazer face ao risco de fuga de carbono. Esta sessão abordou questões relacionadas com o preço do carbono e a sua relação e impacto na produção de bens intensivos e na produção industrial em países terceiros.
Nesta sessão, a primeira intervenção de fundo foi proferida por Irene Vergara, Conselheira Técnica da Subdireção-Geral dos Mercados de Carbono. A esta apresentação seguiu-se um painel de discussão com a intervenção de Ariadna Arola, Chief Research and Development Officer da Arola; Dan Maleski, CBAM Leader, Environmental Markets Advisor na Redshaw Advisors Ltd; Andrei Marcu, Diretor Executivo da European Roundtable on Climate Change and Sustainable Transition (ERCST); e George Riddell, Diretor de Trade Policy and Strategy na EY LLP.
Segunda sessão
A segunda sessão, intitulada “Desenvolvimento da cadeia de valor e projectos de compensação viáveis” e moderada pela Sra. Núria del Pozo, da Business & Climate Foundation (FEC), centrou-se na forma como a sustentabilidade se tornou uma necessidade para todas as empresas que querem garantir o seu sucesso a longo prazo. A responsabilidade que isso implica e a sua extensão para além da empresa e da sua cadeia de valor.
A sessão teve início com um discurso de Sheila Killian, Professora de Contabilidade e Finanças e Directora do PRME, Kemmy Business School. Seguiu-se uma mesa redonda com a participação de Thomas Buch Andersson, CEO e cofundador da Responsability; Lara Obst, fundadora da The Climate Choice, plataforma de inteligência climática para a descarbonização da cadeia de abastecimento; Clara Roig, directora de marketing operacional e sustentabilidade para o sul da Europa na Carburos Metálicos (Air Products); María Antonia Ruiz, directora de sustentabilidade da Puig S. L.; e o Sr. Pedro Ruiz, Diretor Geral da Mare, S.A.
Terceira sessão
José María Segón, Diretor Executivo e Chefe de Especialidade da Aon Espanha, moderou a terceira sessão do Congresso, intitulada “Medição de Impactos e Riscos Climáticos”. Ao longo dos anos, as alterações climáticas têm causado impactos nos sistemas naturais e humanos em todos os continentes e oceanos. Em muitas regiões, a alteração da precipitação ou a fusão da neve e do gelo estão a alterar os sistemas hidrológicos, afectando os recursos hídricos em termos de quantidade e qualidade.
Esta sessão contou com a intervenção de Will Bruce, Diretor Global de Consultoria de Riscos Climáticos da Aon. Tal como nas duas sessões anteriores, houve uma mesa redonda onde os participantes puderam desfrutar de uma troca de ideias entre Marta Anglada, Directora de Sustentabilidade do Grupo Ferrer; Jonathan Bravo, Diretor de Assuntos Regulamentares da Fundação IFRS; Efren Feliu, Diretor de Adaptação às Alterações Climáticas da TECNALIA Research and Innovation; e Brian McDonald, Presidente do Comité de Auditoria e Membro do Conselho de Administração da Fluidra.
Quarta sessão
Jordi Turmo, Diretor da Green Ventures, Farside Ventures, moderou a quarta sessão do Congresso sob o título “Soluções tecnológicas para os desafios industriais”. O sector industrial é um ambiente altamente competitivo e desafiante, no qual as empresas têm de enfrentar constantemente uma série de obstáculos para conseguirem um crescimento e desenvolvimento sustentáveis. Esta sessão explorou alguns dos desafios mais comuns enfrentados pelas empresas industriais e ofereceu estratégias eficazes para os ultrapassar.
O Sr. Miquel Rovira, Diretor de Sustentabilidade do Eurecat – Centro Tecnológico da Catalunha, proferiu o discurso de abertura. Mike Cuingnet, CEO e cofundador da Tennders; Paco Bree, CEO da Inndux; David Llamas, Diretor de Sustentabilidade e ESG para Espanha e Portugal. Anna Martín, EO e co-fundadora da ATOM H2; e Jordi Priu, CEO da Manufacturera Moderna de Metales, S.A.; participaram numa mesa redonda.
Quinta sessão
Esta sessão, intitulada “A geopolítica da energia e dos minerais críticos” , foi moderada por Jordi Bruno, fundador e diretor do Grupo AMPHOS 21. Os minerais críticos estão no topo da agenda geopolítica. A “corrida ao armamento” mundial das baterias, impulsionada pelo advento dos veículos eléctricos, conduziu a uma mudança radical na procura de lítio, níquel, cobalto, grafite, manganês e terras raras.
O discurso principal foi proferido por Cristina Lobillo, Directora da Plataforma de Energia e Relações Internacionais da UE. Posteriormente, a mesa redonda contou com a presença do Dr. H.C. Santiago Cuesta-López, Diretor-Geral da Fundación ICAMCYL e CEO do Cluster Ibérico de Mineração Sustentável; Mar Hidalgo, Analista Sénior do Instituto Espanhol de Estudos Estratégicos (IEEE), Ministério da Defesa; César Luaces, Diretor-Geral da Primigea, Confederação Espanhola das Indústrias de Matérias-Primas Minerais; Dr. Arnoldus van den Hurk, Perito em Descarbonização, Minerais Críticos e Transição Energética; e Rebeca Vergara, Advogada de Compliance, especializada em cadeias de valor de minerais de conflito, críticos e de transição.
Sexta sessão
Posteriormente, realizou-se a última sessão do Congresso, intitulada “Relatórios de sustentabilidade alinhados com a taxonomia” e moderada por Marta Aisa, Directora de Banca Responsável e Sustentabilidade do Santander Espanha. No âmbito dos acordos de Paris de 2015 e do compromisso de neutralidade climática a partir de 2050, foram adoptadas várias medidas a nível da UE, incluindo a criação da taxonomia, que permite identificar as actividades que se considera contribuírem substancialmente para os objectivos de sustentabilidade ambiental.
O discurso de abertura foi proferido por Eduardo Manso, Diretor de Informação Financeira e Empresarial da CNMV (Comisión Nacional del Mercado de Valores). A mesa redonda contou ainda com a participação de Carla Coloma, Directora Global ESG da Fluidra; Jordi Portabella, Diretor de Sustentabilidade do Futbol Club Barcelona; Marta Santamría, Directora de Integração de Capitais, Portugal; e Fernando Varela, Co-Diretor da LEAD Sustainability.
Encerramento do Congresso
Finalmente, a Diretora da Fundação Privada Empresa y Clima e o Presidente da FUNIBER, Elvira Carles e Santos Gracia, respetivamente, encerraram o III Congresso Internacional de Ação Climática (CIACC 2024).