Desafio Quelccaya. Esse é o nome do desafio que a cantábrica Raquel García enfrentará durante o mês de maio. Para isso, a Universidad Europea del Atlántico (Universidade Europeia do Atlântico) assinou um acordo de colaboração com a atleta e a está apoiando em sua tentativa de se tornar a primeira mulher do planeta a completar a geleira mais longa de toda a zona tropical do mundo, na cordilheira de Ausangate, no Peru.
A UNEATLANTICO continua colaborando nos diferentes desafios da cantábrica Raquel García. Após o desafio no Curdistão turcoa Trail Himalaya Nepalo projeto Pisang Peak 21cujo objetivo era escalar uma das montanhas de mais de seis mil metros do Nepal, ou o desafio de se tornar a primeira mulher espanhola a escalar o vulcão Incahuasi no inverno, o próximo objetivo é o Quelccaya.
A área da superfície desse gigante é de 44 km² e a camada de gelo tem 200 m de espessura. De seu cume, a uma altitude de 5.650 metros, é possível ver toda a cadeia de montanhas de Vilcanota. “Chegar ao cume da maior geleira tropical do mundo, a mais de 5.000 m de altitude, é um desafio extremo, tanto físico quanto mental, pois nenhuma mulher jamais fez isso antes”, diz ela. “A isso podemos acrescentar a complexidade de que, quando enfrentarmos esse desafio, teremos que contar com as mudanças pelas quais essa massa gigante e congelada está passando, cedendo aos efeitos da mudança climática”, diz ela.
A expedição, que será coberta pela revista internacional “CUMBRES MOUNTAIN MAGAZINE”, com sede na Argentina, é mais uma vez uma expedição solidária. Raquel García e toda a sua equipe passarão pelo vilarejo de Pacchanta, no início da primeira aclimatação, e lá entregarão materiais escolares e brinquedos. “É nesse vilarejo que também ofereceremos assistência médica, porque, devido à distância de cidades ou vilarejos maiores, eles não têm a possibilidade de receber ajuda médica em primeira mão. Para isso, contamos com o médico (cardiologista) Juan Pablo Hernando, que já estava presente na expedição anterior ao Curdistão turco”, acrescenta.
Durante os seis dias de aclimatação na cordilheira de Ausangate, a equipe dormirá em barracas, cercada apenas por antigos vilarejos abandonados, e avalanches de neve poderão ser ouvidas regularmente. Durante a expedição, eles gravarão novamente um documentário, que será mais uma vez um dos pilares do projeto, pois permitirá que eles compartilhem suas experiências após o retorno da expedição.